O Que é Afinal esse Self-Service BI?
Não vou escrever muito hoje, apenas dizer que poucas empresas que conheço são capazes de abraçar imediatamente essa tecnologia.
Em poucas palavras, Self-Service BI significa que:
a) Sua empresa domina todos os acervos de informação que possui, além de ter um mecanismo poderoso de coleta, tratamento e distribuição de dados;
b) Possui um mecanismo simples e eficaz de distribuir essa informação aos usuários, provê um treinamento eficiente aos usuários na ferramenta de distribuição escolhida e garante constantemente a qualidade final dos dados.
Não, não é “ciência de foguete” – na verdade é um método simples que descrevo a seguir:
Toda empresa possui basicamente dois tipos de aplicações: os sistemas-fonte, que fornecem as informações, e os sistemas de suporte à decisão, que sumarizam os dados e os apresentam aos usuários.
Um ambiente de auto-serviço divide os dados-fonte e os de suporte à decisão por áreas funcionais – gestão financeira, estoques, RH, distribuição, vendas e marketing, ou o que representar o negócio-fim da empresa. Ao prover os dados por área funcional nós aproximamos os dados dos usuários, que passam a ter mais facilidade em navegar e obter pessoalmente os dados que precisam, com um mínimo de interferência.
Após o agrupamento dos dados, o processo seguinte é o de implementar o processo de captura, transformação e carga dos dados. Um banco de dados bem desenhado, projetado para grandes volumes de dados e acesso rápido garante a camada de acesso. Isso é projeto básico de banco de dados, sem complicação e apenas um bom conhecimento da tecnologia utilizada – pode ser qualquer RDBMS ou Hadoop, Spark ou coisa do gênero, mas noções sólidas de arquitetura são fundamentais.
Finalmente, a camada de visualização que pode ser também qualquer produto estabelecido, desde que reflita o conceito das áreas de negócio e processos, e para cada processo os dados associados(em detalhe e agregados).
Resumindo, é mais simples do que possa parecer, mas carrega em si uma ENORME CARGA DE PLANEJAMENTO, pois a tecnologia é um mero acelerador e o importante é que a estrutura de captura, tratamento e carga dos dados garanta uma informação limpa e confiável. Os sistemas precisam fornecer dados de origem confiáveis, consolidá-los em uma base devidamente preparada para receber o modelo consolidado de dados e prover uma interface de acesso de grande facilidade.
Qualquer empresa pode ter seu ambiente de self-service BI, mas precisa antes se planejar para isso de forma adequada.
Já viram essas idéias em outro lugar – é claro que sim! isso é projeto corporativo de Business Intelligence, e não mais uma área de conhecimento.
MARCO AURELIO CAVALCANTE RIBEIRO
Data Architect GI Brazil na Zurich Brasil Seguros
Artigo original publicado no LinkeIn Pulse
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